THE PILOT DEPENDS ON YOU



 2024


SCULPTURE//
INSTALLATION



ALÉM-MUNDOPLENO DE MUNDOS



 2024


EXHIBITION



EARTH FROM ABOVE

PAPER, OFFSET SHEET, BULLDOG CLIP, STEEL, GALVANIZED WELDED MESH

 2023


PHOTOGRAPHY // PUBLICATION



ESCALAS

PAPER

 2023


PUBLICATION



EXERCICIO DE VOO N.º 1

STEEL, ROOFMATE, SYNCHRONOUS MOTOR, LED USB LAMP 

 2023
SCULPTURE // 
INSTALLATION



NOTES ON VERTICALITY


PAPER, OFFSET SHEET


2023
PHOTOGRAPHY



ENSAIO SOBRE ESCALAS

CARBON PAPER, TRACING PAPER, BLACK PAPER, JOHANNOT PAPER 125 GR., NEWSPRINT PAPER
2022
DRAWING



UM DIA NA PRAIA DE PENICHE A MATOSINHOS
PAPER
2022
PHOTOGRAPHY // PUBLICATION



ONDE A ARTE E A CIÊNCIA SE ENCONTRAM

INK, FABRIC (BLACK, GREEN, YELLOW), WOOD, STEEL, CONCRETE
2021
SCULPTURE // INSTALLATION



GAMBIARRAS

2021


PHOTOGRAPHY




Rafaela Lima


E EIS QUE COMEÇOU A MOVER-SE // 15.03.2025 30.04.2025, Group exhibition curated by João Paulo Lima, Poste - Galeria Extéril, Porto.






RAMA Artistic Residency Program // 02.2025









PRÉMIO ARTE JOVEM 2024 FUNDAÇÃO MILLENNIUM BCP // 17.10.2024 — 09.11..2024, group exhibition, P28, Lisboa







INSTRUCTIONS FOR AN IMAGINED LANDING // 14.09.2024 —02.11..2024, solo exhibition, Street View, FISGA WAREHOUSE, Porto

Rafaela Lima presents Instructions for an imagined landing, an ending exercise to complete a journey. Rafaela takes a detail found on one of her archive images as a starting point to the Street View intervention. The image shows a sign from an U.S. former hangar used for military training: The pilot depends on you. Almost as if the beliefs deposited in these flying machines could be heard through messages of hope. The poetic request, as far as you can imagine, leads to the set of objects that can be seen at Fisga Warehouse from 14th September to 2nd November 2024.




ALÉM-MUNDO PLENO DE MUNDOS // 09.05.2024 —31.05.2024, solo exhibition, curated by Susana Ventura and Pedro Bandeira, O INSTITUTO, Porto


Apropriando-se de uma expressão de Pedro Miguel Frade no seu livro seminal sobre cultura fotográfica, a exposição individual Além-mundo pleno de mundos de Rafaela Lima evoca, semelhantemente, a figura do espanto na descoberta das ambiguidades latentes nos exercícios de ampliação de imagens fotográficas rastreadas por conta fios, contrariando a naturalização da imagem — e, por conseguinte, a do olhar —, para operar plasticamente a partir das formações milimétricas que aqueles deixam revelar. Mas tudo começa com uma experiência imaginada de um voo e a visão que a altitude proporciona da superfície terrestre, cujo registo fotográfico baralha a escala ou o que permite ao corpo estabelecer relações de proporção. Este princípio, que a artista encontra na manipulação da escala a partir de fotografias aéreas de pistas de aviões, permite o desdobramento de vários exercícios de representação, que confundem os próprios modelos de cognição, deixando aflorar à imaginação essa multiplicidade fervilhante de vida ou compossibilidade de mundos, questionando e alterando os nossos sistemas de relação com o outro e o universo, do infinitamente menor ao infinitamente maior. Ao questionar, precisamente, os modos de ver, a artista apela, ainda, a um tempo de interpretação e fruição das imagens, contrário àquele da volatilidade que o excesso obtuso destas tem imposto à imaginação. Para além da imaginação, novos e estranhos mundos revelar-se-ão...
Susana Ventura, Maio 2024








THE EARTH FROM ABOVE: FROM BELOW //  
Visual Essay published in SCOPIO MAGAZINE Architecture, Art and Image (AAI) — UTOPIA Vol. 1 No. 1 in IMAGE, SPACE AND CINEMATICS. (2023). pp 41-55






FEMININO DE NINGUÉM
// 24.02.2024 06.04.2024, Collective Exhibition, curated by José Maia, Espaço MIRA, Porto






UM DIA NA PRAIA DE PENICHE A MATOSINHOS presentation at Graça Brandão Gallery, Lisbon, during the event ARTIST PUBLICATIONS, PERFORMANCE, DISCUSSION. 17.02.2024.





EARTH FROM ABOVE2023


Exhibition view, DOS ZERO AOS CINCO MIL PÉS – A ESCALA ENQUANTO EXERCÍCIO IMAGINATIVO (Master’s Project), oMuseu, Faculty of Fine Arts – University of Porto


PHOTOGRAPHY // 
PUBLICATION
A set of photographs taken from the aerial image archive is organized on three metal mesh panels. The photographs show double pages of the archive, which organizes photographs of airstrips and air bases by format. It show us the geometric shapes organized on the globe. Accompanying these photographs, forged images camouflage themselves in the pages of the archive. It shows landing strips reduced to scale models, captured with my feet firmly on the ground. Mixed in with the other images, the viewer is challenged to identify them.




ALÉM-MUNDO PLENO DE MUNDOS2024


Exhibition view, Além-mundo pleno de mundos, solo exhibition, curated by Susana Ventura and Pedro Bandeira, in O INSTITUTO, Porto 


EXHIBITION

Text by Susana Ventura 
(pt version)
Além-mundo pleno de mundos sugere, de imediato, a cada sujeito-observador uma multiplicidade de mundos coalescente na obra de arte. No entanto, teremos de recuar bastante para compreender o espectro total destes mundos, que estão contidos na obra de Rafaela Lima, quando esta reactiva um problema remontante ao início da modernidade e à consequente alteração epistemológica da visão. 

A camara obscura serviu, simultaneamente, de modelo e de metáfora para descrever as relações entre o observador e a realidade durante séculos, em que a observação resultante proporcionava extrair do mundo conclusões válidas e tidas como verdadeiras. O corpo e a sua subjectividade (aquela produzida pela experiência empírica), contudo, estavam ausentes da equação. Com Goethe e no decorrer das experiências para uma teoria das cores, “o corpo, com as suas contingências e especificidades, transformou-se no produtor activo da experiência óptica”, segundo Jonathan Crary. Para além das condições fisiológicas e anatómicas de cada sujeito, os próprios processos associados à subjectividade da experiência de observação, em que ambas as condições exigem um desdobramento temporal, interferem e modelam a percepção e a cognição. Em vez de uma continuidade ordenada de sensações estáveis — como Locke ou Condillac definiam — a observação implica um jogo e uma interacção de forças entre diferentes relações, tanto espaciais, como temporais, dependentes, como propôs Maine de Biran, de uma aglutinação de passado e presente. Ou ainda, como definiu o físico André-Marie Ampère: qualquer percepção funda-se com uma percepção anterior ou rememorada. Este pequeno desvio pela cisão ocorrida na modernidade sobre a observação é essencial para se compreenderem as várias aproximações da artista a esta experiência. A sua obra tem, precisamente, início numa percepção, que a artista nunca experienciou, resultante da observação da superfície terrestre a partir da altitude obtida durante uma viagem de avião. A inexistência desta percepção e do conhecimento por esta gerado no corpo conduzem a artista a accionar a imaginação e, mais relevantemente, a fabricar o desdobramento no tempo, que a experiência exige, para depois, afinal, confundir os dois próprios sistemas, o da percepção e o da cognição, através desse outro, que é o da fruição estética (como é evidente na obra Exercício de voo n.o 1, 2023, e na qual, curiosamente, o modelo de avião foi moldado a partir desse passado virtual, como Bergson o define, que vai acumulando imagens nunca concretizadas, efectivando-se numa escultura que se pode dizer de um avião comum ou de todos os aviões existentes no mundo). Um enorme desafio que a artista ultrapassa trabalhando de forma sistemática sobre as diferentes grandezas e ordens — do infinitamente menor ao infinitamente maior, do verossímil ao abstracto —, porque se trata essencialmente da nossa relação com o mundo e com o universo, que continuamos a medir, independentemente dos instrumentos ópticos inventados, a partir do nosso corpo. Segundo Jonathan Crary, as alterações introduzidas pela invenção de determinados dispositivos ópticos são, sobretudo, consequência daquelas ocorridas no sujeito no seguimento da descoberta da visão subjectiva e do abandono do modelo estático da camera obscura (a ligação desta com a fotografia será, apenas, uma ilusão romântica perpetuada por alguns teóricos e acentuada pela ideia errónea que a fotografia é uma intermediária transparente entre observador e mundo). A invenção de determinados instrumentos ópticos dependeu mais das alterações dos regimes de visão e, consequentemente, de um novo tipo de observador, do que de avanços tecnológicos. Por outro lado, Pedro Miguel Frade, no seu livro seminal sobre cultura fotográfica, revela o choque perceptivo causado pela experiência de observação através de um microscópio ou de um telescópio e com esta o entendimento do mundo que se revelava. “Este último [o telescópio]” — refere o autor — “permitindo uma consideração (ou uma consideratio, se se preferir sublinhar as etimologias oraculares deste termo) mais aproximada do infinitamente grande, revelava-o como um além-mundo pleno de mundos; aquele, voltado para baixo, revelava as nossas proximidades mais imediatas como um outro mundo fervilhante de vida, fascinantemente repleto de maravilhas, cujas dimensões reduzidas em nada diminuíram, antes pelo contrário sublinhavam o carácter admirável da sua perfeição”.

Como se imagina a experienciar uma viagem de avião e a olhar pela janela a abstracta matriz irregular que cobre o mundo, concentrando-se nas incisões e nas marcas incrustadas nas pistas de avião, a artista apodera-se, igualmente, da sensação de maravilhamento que só uma experiência iniciática e genuína pode proporcionar, transportando-a para o exercício plástico, descobrindo nas sucessivas ampliações de imagens fotográficas, rastreadas por conta fios, esse além-mundo pleno de mundos, ou as ambiguidades, precisamente, ao nível das formas, que esse exercício de ampliação produz. Existe, inevitavelmente, um abandono do referente e, mais especificamente, desse mundo fixo e estável (duplamente eliminado pela camera obscura e pela viagem de avião) a favor da criação de uma imagem abstracta que, no desdobramento temporal e espacial, sob a acção do movimento e da luz (aquela responsável por doar dimensão ao tempo e espessura ao espaço — o espaço, se recordarmos a proposta kantiana, é senão uma descoberta possível pela existência do tempo), perpetua a natureza alucinatória e fantasmática da imagem, reforçada pela repetição de linhas ou pelo pontilhado subtil que deixa perpassar a luz (como nas obras Ensaios sobre escalas, 2022). O próprio exercício de ampliação sucessiva de fotografias aéreas remove a possibilidade de estabelecermos relações de proporção com o nosso corpo (o que as mãos na fotografia, em exposição no plano do chão, ambiguamente acentua), parodiando o nosso entendimento do mundo senão para despertar esse poder da imaginação. Não será por acaso que uma das referências para a artista seja o projecto The Great Unreal, dos artistas Taiyo Onorato e Nico Krebs, embora se afaste das técnicas de construção e manipulação destes, criando, a nosso ver, uma experiência mais avassaladora devido à ambiguidade das estruturas formais que concebe, em detrimento de uma colagem que reforça o poder fictício. A fantasmagoria resulta menos da ocultação da produção a favor de uma narrativa fictícia construída a partir de elementos reais, mas acima de tudo da experiência óptica exigida, utilizando muito subtilmente a persistência e a mutação das imagens através de vários estados, do positivo ao negativo, da penumbra à luz...

A obra de Rafaela Lima recupera, desta forma, a ilusão enigmática que as imagens ainda podem criar, um potencial que advém da própria estrutura da imagem e da experiência que esta desdobra no nosso corpo, o que um outro choque, causado pelo excesso obtuso de imagens, tem obliterado, inscrevendo-se — arriscamos — numa nova e urgente alteração dos regimes de visão.





ESCALAS2023



PHOTOGRAPHY //
PUBLICATION
Escalas is a map of images. Just like all conventional maps, Escalas is a substantially difficult object. It is made by layers that unfold, without anything being revealed immediately; large enough to not see it on a coffee table, it never returns in the same way to its initial form. Earn the manners the use gives it. It is a consultation paper where you can visit all the scales I lingered during maste’s project. You can see the drawings, sketches, and notes, the transformations that occurred in the studio. Each fold downward (two-sided) corresponds to the process developed for each of the five main works of the project: Exercício de voo nº1 (2023), Friso (2023), Earth from above (2022-2023), Ensaio sobre escalas (2021-2022) and Cubo de Escala (2023). It is expected that whoever owns it may be able to break it.

Escalas (2023) 
Black and white inkjet print;
120 x 76 cm





EXERCICIO DE VOO N.º 12023


Exhibition view, DOS ZERO AOS CINCO MIL PÉS – A ESCALA ENQUANTO EXERCÍCIO IMAGINATIVO (Master’s Project Presentation), oMuseu, Faculty of Fine Arts – University of Porto.



SCULPTURE // INSTALLATION Exercício de voo nº. 1 (2023) arose from the dazzling idea of setting my sights on an altitude I had never experienced before. Being in the limbo, between what has been done and what you want to do, is the perfect fuel to feed a desire that you want to keep in suspension.

The dazzle for altitude, for the loss of scale, is part of the fascination over aerial views that I have long felt. Ambiguity takes shape in these images that reveal nothing completely obvious. They could be taken at ten thousand feet or one meter off the ground. Deep down, they are nothing more than small dots and constellations of figures that blur the boundaries between a handful of grains of sand and a cluster of buildings.
 
In this first flignt, I project that altitude desire. We find ourselves traveling over thoughts and formulating random itineraries, but this project is numbered here as the first exercise because it was truly the first flight, conscious of its purpose. Here, that desire materializes in a 40cm-high device that rotates a spotlight 360° on itself; placed on the same axis, a small sculpted airplane points its nose downwards, as if it has just completed its flight. This plane, sculpted to the image of what I remember from the watermarks on 16-gram blue airmail papers, doesn't look for similarities with other commercial or military planes. This is a plane of dreams and desires. In a downward movement, it is standing still, suspended above the device that illuminates it. Looking up: its shadow, cut out in the center of a glowing ellipse that runs along the walls and ceiling of the room.

In a series of shifting movements we witness this limbo: between standing still and projecting a flight through the same body.

Work displayed at EU VI O BRILHO (Collective Exhibition, 2023, o Bueiro, Porto) and DOS ZERO AOS CINCO MIL PÉS – A ESCALA ENQUANTO EXERCÍCIO IMAGINATIVO (Master’s Project Presentation, 2023, o Museu – FBAUP, Porto).










THE PILOT DEPENDS ON YOU2024


Exhibition view, INSTRUCTIONS FOR AN IMAGINED LANDING, Street View - Fisga Warehouse, Porto 2024


SCULPTURE // INSTALLATION The pilot depends on you é um exercício de conclusão de uma viagem. Parte de um detalhe encontrado numa das minhas fotografias de arquivo como ponto de partida para a intervenção na montra Street View, do espaço Fisga Warehouse (Porto). Essa imagem mostra-nos um letreiro num antigo hangar de treino militar norte-americano: The pilot depends on you [O piloto depende de ti]. Quase como se as crenças depositadas nestas máquinas voadoras pudessem ser atendidas através de mensagens de esperança.

Um dispositivo mecânico projeta um foco de luz através de uma lente rotativa. Como um faról, ilumina a placa de aço que se encontra fixada na parede, a pouco mais de um metro de distância. A frase que se pode ler no letreiro repete-se agora na superficie da chapa. Este apelo poético, tanto quanto se pode imaginar, deu origem a um conjunto de objetos que integraram a exposição Instructions for an imagined landing (2024).












NOTES ON VERTICALITY2023












ENSAIO SOBRE ESCALAS2021


Exhibition view, DOS ZERO AOS CINCO MIL PÉS –A ESCALA ENQUANTO EXERCÍCIO IMAGINATIVO (Master’s Project), oMuseu, Faculty of Fine Arts – University of Porto



DRAWINGIn Ensaios sobre escalas we seek to develop a set of drawings that are essentially ambiguous as to their scale, may be registered between the infinitely small and the infinitely large. It was through the use of the circle, systematically repeated in the various drawings of the project, that these two distant dimensions were brought together. Attempts to represent the tiniest thing were made by repeating parallel lines, equidistant from each other both vertically and horizontally, until it was no longer possible to reduce the proximity between them. The exercise of reducing the blank spaces between the lines leads to several squared grids which, sometimes in white or graphite, fill the entire area of the paper on which they are inscribed. Through the points where these lines intersect, from the center to the edge of the sheet, small holes no wider than a sewing needle coincide, until a circle of light radiates inside the drawing.

As the circle gets larger, graphite powder marks the enlargement movement of the circular form: the drawing that previously sought to represent the tiniest, through the reduction of open spaces, becomes a tool for the representation of the immense, through the multiplication of light entrances.












UM DIA NA PRAIA DE PENICHE A MATOSINHOS2022


Publication presentated at Graça Brandão Gallery, Lisbon, during the event ARTIST PUBLICATIONS, PERFORMANCE, DISCUSSION - Curatorial project by José Maia. 17.02.2024.

PHOTOGRAPHY // PUBLICATION By collecting photographs taken on the beach between 2020 and 2022, an imagery narrative was constructed that was produced entirely through analog processes, where the space and time of the images merge into a single moment. Sequences of images that unfold vertically are produced through the use of masks in the laboratory. With captions (sometimes correct, sometimes false), they lead the viewer into a fictionalized narrative. The journal has a wraparound cover that unfolds like the mask at the center of each page, and a poster where the time trials carried out during the enlargement process are arranged in a random composition.






Um dia na praia de Peniche a Matosinhos (2022) Rafaela Lima  
Black and white inkjet print on Munken Pure 120 gr. paper
3 objects (wrap-around cover, journal e poster)
42 x 32 cm

ONDE A ARTE E A CIÊNCIA SE ENCONTRAM2021


Collective work by Abel Mota, Pedro Tavares and Rafaela Lima. Installation view at School of Medicine and Biomedical Science (ICBAS), commissioned for ICBAS's 46th anniversary. Launched on 25.11.2021, Porto. 








GAMBIARRAS2021
Work displayed at Kunst Puntz (Collective Exhibition, 2021, Casa da Imagem - Fundação Manuel Leão, V. N. Gaia)


PHOTOGRAPHY  Gambiarras (2019-2021) is a two years project, developed as I stumbled across a set of amusing objects. These objects are called gambiarras: a Brazilian term attributed to the set of objects that come from improvised solutions in everyday life. A wire placing a eyeglasses arm, a piece of trunk in place of the fourth leg of a chair, a screwdriver handle attached to a hammer’s head. The documentation of these objects keeps the same frame (captured in the studio against a neutral background), photographing the gambiarras in a formal context that contrasts with their character.